
Freitas do Amaral
Global Imagens/Gerado Santos
Em entrevista à RTP, Freitas do Amaral entende ainda que quem sai «mais abalado» da atual crise política é o primeiro-ministro, que «não tem qualidades de liderança».
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Freitas do Amaral considerou, esta quarta-feira, que o Governo deverá «durar pouco, dois ou três meses, talvez até ao verão ou até às autárquicas ou até ao Orçamento».
«Não estou a ver este Governo tão fragilizado e com políticas erradas, como reconheceu Vítor Gaspar, ser capaz de elaborar o Orçamento para 2014», explicou, em entrevista à RTP.
No dia em que Passos Coelho e Paulo Portas estiveram reunidos, este antigo líder do CDS-PP considerou que a solução para a atual crise política passa por eleições antecipadas.
Questionado sobre quem tem responsabilidades nesta crise, Freitas do Amaral considerou que «todos são responsáveis, mas eu diria que quem de facto sai mais abalado desta crise é o primeiro-ministro».
Para Freitas do Amaral, Passos Coelho «revela ao fim de dois anos de funções que não tem qualidades de liderança, não tem discurso claro e há mais de um ano que não se deixa entrevistar nem na rádio nem na televisão».
«Desprezou os apoios iniciais com que contava, como o Presidente da República, parceiro da coligação, PS, parceiros sociais, a UGT e a opinião pública. De repente, foi afastando tudo e todos com excesso de arrogância e excesso de capacidade de diálogo e com falta de capacidade de congregação de forças à sua volta», concluiu.