O governo admite proibir os médicos de usarem anéis, pulseiras, alianças ou gravatas, no âmbito do combate às infeções e resistências aos antibióticos.
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«Anéis, pulseiras, alianças. Acessórios com que as minhas colegas insistem, muito alindadas, em ir trabalhar». A frase é do secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde, Fernando Leal da Costa, que admitiu, em declarações à Lusa, que o Governo poderá proibir o uso desses instrumentos porque são potenciais veículos de transmissão de infeções.
O exclusivo não é das mulheres; também as gravatas dos homens poderão ajudar a disseminar infeções e resistências aos antibióticos, bem como os estetoscópios que, disse Leal da Costa, «se insiste em transportar por todo o lado, ou as batas com que se almoça e janta nos refeitórios e com que, a seguir, se veem doentes».
O governante considerou que não será necessário o Governo proibir certas indumentárias ou acessórios, mas avisou que a tutela não terá dificuldade em fazê-lo.
Fernando Leal da Costa assumiu a gravidade das infeções e resistência aos antimicrobianos em Portugal, embora reconheça que, em alguns casos, a situação melhorou.
Isto precisamente no dia em que se ficou a saber que um quarto dos doentes que morreram em 2011 tinha uma infeção hospitalar,. número divulgado pela Direção Geral da Saúde.