O gabinete do ministro-adjunto e do Desenvolvimento Regional desmente que haja «qualquer despedimento coletivo iminente» na RTP, segundo a resposta dada pela tutela a questões do Bloco de Esquerda a que a Lusa teve hoje acesso.
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A 18 de março, o Bloco de Esquerda (BE) enviou um conjunto de questões ao ministro Miguel Poiares Maduro, entre as quais se o Governo confirmava o despedimento coletivo iminente na RTP e se a tutela poderia esclarecer a extensão do processo, setores afetados e número de profissionais em risco.
Em resposta ao BE, datada de 14 de abril, a tutela refere que o Plano de Desenvolvimento e Redimensionamento da RTP, aprovado em 2013, implica "uma forte disciplina e rigor orçamentais, que não poderão ser atingidos sem a colaboração de todos os funcionários" da empresa.
«O ministro-adjunto e do Desenvolvimento Regional, aliás, sempre afirmou que a implementação deste plano deve ser feita com os menores custos sociais possíveis. É neste sentido que o conselho de administração da RTP está a trabalhar, razão pela qual o Governo desmente a existência de um qualquer despedimento coletivo iminente na RTP», refere a resposta da tutela, assinada pelo chefe de gabinete de Poiares Maduro.
Em entrevista à Lusa no início de abril, o presidente da RTP, Alberto da Ponte, garantiu que até maio a empresa saberá se avança com um despedimento coletivo, apelando para que até àquela data seja encontrado «um caminho» com os sindicatos.
Questionado sobre se há uma data a partir da qual se possa considerar que o despedimento coletivo é inevitável, Alberto da Ponte afirmou: «Acho que não pode passar do mês de maio».
Sobre se isso significa que as negociações para o novo Acordo de Empresa (AE) têm de estar concluídas até maio, o gestor disse que «tem de haver, pelo menos, um caminho».