À TSF, Carla Gonçalves, organizadora do protesto, alerta para o facto de o setor ter cada vez menos profissionais. Entre as exigências, as amas pedem o pagamento de subsídio de alimentação e ajuda nas despesas da água, luz e gás.
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Um grupo de amas saiu esta sexta-feira à rua para exigir melhores condições de trabalho. Entre as várias reivindicações, as amas exigem o pagamento de subsídio de alimentação e ajuda nas despesas da água, luz e gás.
A manifestação ocorreu em frente à segurança social de Braga. Carla Gonçalves, organizadora do protesto, considera desadequada a avaliação que tem sido feita ao trabalho destas profissionais.
"Estas amas trabalharam durante 20, 25, 30 anos para a segurança social a recibos verdes. Foram integradas a 1 de setembro de 2019 como funcionárias públicas, o problema é que foram integradas no primeiro escalão, como se nunca tivessem trabalhado para a segurança social", explica, em declarações à TSF.
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"A segurança social certifica estas amas, dá-lhes as autorizações para elas trabalharem e, no entanto, só contam o trabalho desde o dia 1 de setembro de 2019. Isto atribui-lhes um ordenado de 550 euros. Estamos a falar de pessoas de 50 e 60 anos que já não têm grande capacidade de progredir na carreira", assinala.
Carla Gonçalves alerta ainda para o facto de o setor ter cada vez menos profissionais e critica a falta de respostas para as reivindicações das amas.
"Parece-nos que querem acabar com a única resposta pública que existe para as crianças entre os seis meses e os três anos. Se eu tiver um filho com seis meses não sitio onde o colocar sem ser no privado, exceto as amas. Eu acho que a situação é mesmo desvalorizar e esperar para acabar. Braga é uma das cidades mais jovens da Europa, com filas de espera inacreditáveis para as creches. Não temos resposta para tantas crianças", reconhece.
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O protesto das amas de Braga reuniu mais de quinze profissionais do setor. As profissionais esperam, agora, por respostas por parte da segurança social.