O Sindicato da Construção considera que há riscos para a segurança da comunidade escolar e diz que as obras podem dar emprego a cerca de 10 mil trabalhadores.
Corpo do artigo
O Sindicato da Construção de Portugal defendeu, esta quinta-feira, a realização imediata de obras em "sete escolas muito degradadas" no país, considerando que pode haver riscos para a segurança da comunidade escolar. O sindicato visitou cerca de 200 escolas e concluiu que há sete escolas em que as obras são prioritárias.
Albano Ribeiro, presidente do Sindicato, apontou à Lusa as escolas Alexandre Herculano (Porto), escola de Ermesinde (Valongo), José Falcão (Coimbra) e Ferreira de Castro (Oliveira de Azeméis) como prioritárias. Em Ermesinde, onde esteve esta quinta-feira, "há placas partidas a soltar amianto e plásticos nas janelas", exemplificou.
O dirigente salienta que está convencido de que esta campanha "vai resultar", e revela ter conhecimento de que algumas das escolas, como a de Ermesinde, entram em obras "no fim de junho, quando terminar o ano escolar". "Estamos certos de que não vai ficar tudo na mesma. As obras vão permitir dar trabalho a cerca de 10 mil trabalhadores do setor e melhorar as condições para alunos e professores", diz.
Albano Ribeiro critica o Ministério da Educação por ter dito que as obras na Alexandre Herculano, no Porto, já foram iniciadas quando "nem com uma lupa se conseguem ver". "Nas zonas mais sinistras, mais degradadas, apenas foram colocadas umas fitas para evitar a passagem de alunos, porque obra ainda não houve", revela.
De acordo com o Ministério da Educação, as obras a realizar em parceira com os municípios, devem totalizar 200 intervenções em escolas do 2º e 3º ciclos e do ensino secundário, com um custo estimado de 200 milhões de euros. As autarquias vão avançar com obras em estabelecimentos do pré-escolar e do 1º ciclo do ensino básico, num total de 300 intervenções com um custo estimado de 120 milhões de euros.
No total, o Governo prevê que sejam gastos 320 milhões de euros em 500 intervenções nas escolas no âmbito do programa Portugal 2020.