
Jaime Silva
Epa
O ministro da Agricultura afirmou, esta terça-feira, que vários dirigentes da CNA e da CAP estão ligados à extrema-esquerda e à extrema-direita. Jaime Silva reiterou ainda que a crise do sector não se resolve com mais subsídios.
O ministro da Agricultura disse, esta terça-feira, à entrada para o Conselho de Ministros da Agricultura da UE em Bruxelas, que parte dos dirigentes da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) navega na extrema-esquerda e na extrema-direita.
Perante os insistentes apelos dos agricultores, que exigem mais ajudas do Estado para reduzir o impacto da alta dos preços dos combustíveis, e a marcação de protestos para os próximos dias, Jaime Silva disse que as duas associações albergam elementos politicamente radicais.
«Normalmente não associo a maior parte dos representantes da CNA e da CAP a estruturas políticas mas é um facto que alguns dirigentes da CNA estão na extrema-esquerda e alguns dirigentes da CAP fazem parte da direita mais conservadora, que pensam que os problemas se resolvem com mais subsídios», afirmou.
O titular da pasta da Agricultura aproveitou para reiterar que o aumento do preço dos combustíveis não se resolve com mais subsídios.
«A resposta a esta crise não é mais ajudas, mas aquilo que a CNA sempre quis», ou seja, «acabar com as quotas em Portugal e a possibilidade dos agricultores portugueses produzirem mais e melhor», o que já foi conseguido, «porque o único sector onde ainda há quotas é o leiteiro», frisou.
Estas declarações surgem um dia antes da Confederação Nacional da Agricultura realizar uma série de protestos na região norte do país.