No arranque das jornadas parlamentares do PCP, Jerónimo de Sousa não poupou críticas ao Governo que acusou de ter como objetivo empobrecer o país.
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O secretário-geral do PCP afirmou hoje que, «com este Governo, só há saídas sujas» do programa de assistência económico-financeira e criticou a sobranceria dos partidos do denominado "arco do poder" por pensarem estar legitimados por «direito divino».
«Seja qual for a solução, programa cautelar ou saída à irlandesa, com este Governo, com esta política nacional e europeia, só há saídas sujas. O que estão a preparar são novas medidas penalizadoras dos trabalhadores, do povo e do país», declarou Jerónimo de Sousa na abertura das jornadas parlamentares conjuntas com os eurodeputados comunistas, em Setúbal.
Para o líder comunista, o executivo de Passos Coelho e Portas «tem vindo a falar de recuperação, que quer a reindustrialização e o regresso ao mar, mas é tudo ficção».
«Falam de crescimento e embandeiram em arco, mas o crescimento que desejam não é para servir o país e os portugueses. É crescimento sem desenvolvimento. Passos Coelho pensa que esquecemos o que afirmou, que a recuperação passava pelo empobrecimento como está a acontecer», continuou.
O deputado do PCP classificou o atual momento como «o mais negro da vida democrática do país» devido ao «pacto (de agressão), à ação de um Governo que zelosamente o executou, tal como a sua própria política e pela orientações e opções políticas de uma União Europeia, marcada por uma ofensiva sem precedentes contra o conjunto dos povos da Europa».