O antigo ministro João de Deus Pinheiro defendeu o recurso ao nuclear, sublinhando que a segurança das centrais de terceira geração é perfeitamente «aceitável» e contrapondo com os custos das energias renováveis.
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Apontando o clima e o ambiente como um dos desafios actuais, Deus Pinheiro lembrou que o consumo fóssil irá aumentar nos próximos anos, colocando a Europa numa situação «vulnerável», porque não tem formas de energias autónomas.
Por isso, sublinhou, é necessário procurar «novos fornecedores», outras energias, que podem ser as renováveis ou a nuclear.
«As renováveis são lindas, mas custam-nos um a dois mil milhões de anos por ano actualmente», frisou, questionando que o país tem neste momento riqueza para comportar esses custos.
Interrogando porque razão se rejeita o nuclear, o antigo eurodeputado do PSD apontou esta energia como aquela que irá ser utilizada.
«Porque é que se continua a pensar que a segurança das centrais nucleares de terceira geração não é aceitável, quando é completamente aceitável e tem uma probabilidade de risco inferior à saída do euromilhões», perguntou.
Por estas razões, acrescentou, não há que ter «ilusões», pois esta a energia nuclear «é a que vai ser usada».
Numa intervenção na Universidade de Verão do PSD, que decorre em Castelo de Vide até domingo, Deus Pinheiro defendeu ainda um aumento da idade da reforma, a diminuição da «generosidade das pensões» e o crescimento das contribuições para a Segurança Social, sublinhando que os custos são neste momento «incomportáveis».