Lima Coelho espera que o ministro da Defesa reconsidere a decisão de mexer no sistema retributivo em nome de alegados erros que terão sido feitos no passado.
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Em declarações à TSF esta quarta-feira, o presidente da Associação Nacional de Sargentos considerou inaceitável a regressão salarial de alguns militares, exemplificando que à luz das novas regras o sargento mais antigo de uma equipa de três é o que aufere menos.
Lima Coelho encontra neste sistema «uma subvenção do princípio fundamental à existência das forças armadas, o respeito pela hierarquia e pela antiguidade».
«Vários poderes políticos insistiram na aplicação deste sistema retributivo e, apesar de o senhor ministro reconhecer no seu despacho que há omissões regulamentares de quem tinha competência na matéria, tenta-se passar para os militares aquilo que não é da responsabilidade dos militares», acusou.
Esta quarta-feira, depois de nova concentração de algumas dezenas de militares junto ao Ministério da Defesa, as associações que representam o sector entregaram um documento à tutela.
«Entregámos um oficio em que apelamos ao senhor ministro [Aguiar Branco] para que não enverede pela aplicação cega de qualquer medida que decorra do despacho conjunto. Apelamos a que, pelo espírito da lei, sejamos recebidos e façamos parte da solução para que a equidade e a justiça prevaleçam nas forças armadas», afirmou Lima Coelho.
«Esperamos que, na véspera de um Conselho de Ministros extraordinário, impere o bom senso» e que os diversos membros do Governo percebam que «não vale a pena trazer ao seio das forças armadas questões que podem pôr em causa a coesão e a disciplina», vincou.