Autarca queixa-se de falta de apoio do Governo e Segurança Social.
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A Câmara Municipal de Loures não tem soluções de realojamento para as 37 pessoas de 14 famílias que habitavam num antigo paiol em Sacavém que ardeu na semana passada.
Em declarações à TSF, o presidente da câmara, Bernardino Soares, queixa-se de "falta de vontade de resolver este problema."
"Nem por parte do Ministério da Defesa, nem da parte da Segurança Social, nem da parte da habitação, soluções imediatas para este problema. Todos nos dizem que isto não está nas suas competências. Mas isto não está nas competências de ninguém."
Homens, mulheres e crianças estão desde domingo a dormir em colchões num ginásio.
"Sabemos que a solução definitiva não poderá ser encontrada no espaço de dias, mas é preciso encontrar um alojamento transitório com condições e dignidade", apela Bernardino Soares.
Contactado pela TSF, o Ministério da Defesa remeteu para o presidente da EMPORDEF, Marco Capitão Ferreira, que assegura não ter identificado qualquer instalação que possa receber as famílias afetadas pelo incêndio.
"Não existem condições físicas nem organizacionais para melhorar a a situação em que as pessoas estão neste momento", afirma o responsável.
Marco Capitão Ferreira descarta responsabilidades no realojamento, mas manifesta disponibilidade para ajudar a Câmara de Loures na procura de uma solução a longo prazo.
Marcelo Rebelo de Sousa vai receber em Belém, na próxima segunda-feira, os representantes dos moradores.
O antigo paiol albergava um total de 29 famílias - 66 pessoas - que viviam em condições precárias.