O ex-presidente da Agência Nacional para a Qualificação (ANQ), responsável pelo programa Novas Oportunidades, desconhece as razões da decisão do Governo para a sua demissão.
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Questionado sobre se a sua saída se deveu às críticas do actual primeiro-ministro sobre o programa Novas Oportunidades, durante a campanha eleitoral das legislativas, o antigo presidente da ANQ esclareceu à TSF que, na altura, defendeu «aquela iniciativa dado que era responsável por ela».
Luís Capucha sublinha que na política «as pessoas falam perante o contexto em que estão», mas «quando confrontadas com as políticas prioritárias para o país, mudam de opinião».
Quanto à justificação sobre a sua não recondução à frente da Agência Nacional para a Qualificação, diz que o Governo não lhe apresentou os motivos da decisão do para o seu afastamento.
«Na segunda-feira passada, o secretário de Estado do Emprego e a secretária de Estado do Ensino Básico e Secundário chamaram-me para uma reunião. Agradeceram o meu trabalho e disseram que já não contavam mais comigo», contou Luís Capucha à TSF.
Reconhece, no entanto, a volatilidade de cargos de direcção na função pública. «Quem vai para cargos como o meu, sabe que a qualquer momento pode sair», afirmou. E acrescenta «julgo que fiz o meu melhor».