À margem de um colóquio sobre Marrocos, o histórico socialista afirmou que «há condições para ter algum optimismo» e disse esperar que as coisas «corram bem» ao novo Governo.
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Olhando para o novo ciclo da vida política portuguesa, Mário Soares disse, esta quarta-feira, haver condições para ter algum optimismo. O antigo Presidente da República espera, por isso, que as coisas corram bem.
«Claro que espero, evidentemente que espero. Acima de tudo sou português e ponho os interesses nacionais acima de tudo», afirmou.
Na opinião do histórico socialistas, o novo governo «tem que cumprir as obrigações que tomou, nos prazos devidos, o que não é nada fácil, e eu sei, mas tem que ser. Foi o voto popular e agora tem que cumprir e, naturalmente, que o PS também tem que cumprir aquilo a que se comprometeu e que assinou».
Francisco Assis ou António José Seguro, um deles vai liderar o PS na oposição, obrigado a cumprir esse acordo. Soares não toma partido na luta interna, mas distribui elogios aos candidatos.
«Considero-os ambos pessoas extremamente estimáveis, muito bem preparadas e muito inteligentes. E pessoas sérias, o que é importantíssimo», comentou.
Os peões do novo quadro político - governo e oposição - vão estar, no entanto, dependentes do rumo da Europa. Mário Soares sublinha a necessidade de regular os mercados.
Depois da Grécia, Irlanda e Portugal terem pedido financiamento externo, o antigo chefe de Estado considera que a Espanha, a Itália e a França podem vir a seguir.