O secretário de Estado dos Equipamentos da Justiça considerou estranho que tenha sido assinado o contrato de aluguer do edifício do Tribunal da Maia dois dias antes da posse do novo Executivo.
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O Ministério da Justiça suspendeu o contrato de arrendamento do Tribunal da Maia, por este ter sido assinado dois dias antes da posse do novo Governo.
Em declarações à TSF, o secretário de Estado da Administração Patrimonial e Equipamentos da Justiça achou estranho que este contrato no valor de 76 mil euros por mês com uma duração de 15 anos após obras a fazer pelo senhorio fosse assinado com este timing e por isso mandou reavaliar a questão.
«Fomos surpreendidos com o contrato celebrado a 20 de Junho relativamente ao arrendamento do edifício do Tribunal da Maia. Sabíamos que era um processo que tinha sido contestado não só pelos agentes da Justiça, câmara municipal e Ordem dos Advogados», acrescentou Fernando Santo.
Por esta razão, este governante notou que é preciso «analisar perante a contestação que tinha sido feita e perante os valores que estão em causa».
Este secretário de Estado indicou ainda que está a ser feita uma avaliação de todos os contratos de adjudicação de obras assinados pelo anterior Executivo.
«Precisamos de saber exactamente qual é o património do Ministério da Justiça, como está a ser utilizado, qual o património que está a ser arrendado para tentarmos rentabilizar optimizando espaços próprios e libertando, dentro do possível, os que são arrendados», frisou.
Questionado sobre se outros contratos de arrendamento poderão também ser suspensos, Fernando Santo nada quis dizer, pois não gosta de «fazer previsões antes de ter conhecimento das previsões».