O ministro da Educação prometeu, esta sexta-feira, apresentar «muito em breve» um modelo de avaliação reformulado e defendeu uma reformulação dos currículos.
Corpo do artigo
«Precisamos de uma avaliação justa, rigorosa e transparente. Não há tempo a perder nesta matéria e contamos com o empenho e disponibilidade dos parceiros para resolver, de uma vez por todos, este problema que tem perturbado a estabilidade das escolas», afirmou Nuno Crato, sendo aplaudido pelas bancadas do PSD e do CDS-PP no Parlamento.
Questionado pelo CDS sobre o momento em que haverá uma entidade independente responsável pelos exames e provas nacionais, o ministro respondeu não saber.
«Vamos trabalhar para isso, nós queremos que o mais cedo possível exista uma entidade a fazer as provas nacionais que não seja directamente dependente do ministro da Educação, que tenha estabilidade e rigor nas suas provas e que responda a como que um caderno de encargos que a República a mandata a realizar», explicou.
Frisando que as propostas não passam apenas pelo dinheiro, defendeu ainda que os programas e os currículos «têm de ser reformulados».
«Há programas muito pouco exigentes. Os currículos têm de ser reformulados. Não faz sentido nenhum que as crianças aprendam até ao quarto ano uma série de conceitos e capacidades de cálculo e de leitura» e depois dispersarem-se nos anos seguintes, opinou.
Miguel Tiago, do PCP, mostrou não compreender como é que este Governo vai melhorar a qualidade do ensino com a falta de meios financeiros.
A bloquista Rita Calvário lembrou que em Fevereiro Nuno Crato defendeu o desaparecimento do Ministério da Educação.
Na resposta, o ministro disse que a intenção é fazer com que a máquina demasiada pesada do Ministério da Educação desapareça e que o Ministério deixe de estar omnipresente a toda a vida nacional no que diz respeito à Educação dando a palavra a outros parceiros.