"Não vale a pena dizer que não tem dinheiro". Sindicatos e a entrevista de Centeno
O ministro das Finanças, em entrevista à TSF esta terça-feira, não exclui aumento de salários na função pública. Frente Comum, FESAP, SINTAP e STE reagem às declarações de Mário Centeno.
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A Frente Comum insiste em aumentos na função pública ainda este ano. A FESAP (Federação de Sindicatos da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos) aplaude o que chama de bom senso do ministro das Finanças.
Em entrevista à TSF, esta terça-feira, Mário Centeno não exclui aumentos na função pública em 2019. O ministro das Finanças não se compromete, mas deixa a porta aberta à possibilidade. "Nunca me ouviu dizer a palavra nunca e também não vai ser agora."
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Na última reunião de concertação social, os Sindicatos da Administração Pública garantiram que o ministro das Finanças tinha rejeitado aumentos na administração pública. Agora, na entrevista à TSF, Mário Centeno deixa a questão em aberto. O ministro revela assim, sensatez, na opinião de José Abraão, da Federação de Sindicatos da Administração Pública.
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Opinião diferente tem a coordenadora da Frente Comum. Ana Avoila insiste que os salários têm de ser aumentados e ainda este ano. "A lei da função pública é muito clara: tem de haver negociação anualmente. O Governo recusou-se a fazê-la, em termos de salários, por isso continuamos à espera e fizemos outro dia a manifestação. (...) Não vale a pena não dizer que não tem dinheiro, porque há dinheiro..."
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Não pode haver pretextos para fugir ao aumento de salários na função pública, sublinha Ana Avoila. Já o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado, pela voz de Helena Rodrigues, diz esperar aumentos reais. "Chegará o momento em que vamos negociar essas matérias. Esperamos que haja um aumento real das remunerações dos trabalhadores da função pública."
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