
Júlia Bacelar foi a responsável por revelar que Francisco chegaria a Fátima no dia 12 e não ano dia 13 de maio. A TSF falou com ela sobre o dia em que o conheceu e lhe entregou a bandeira portuguesa.
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A informação de que o Papa Francisco viria este ano a Portugal para o Centenário das Aparições já era conhecida desde outubro - e era certo que a 13 de maio o sumo pontífice estaria em Fátima - mas, cerca de um mês depois, durante uma visita ao Vaticano, era Maria Júlia Bacelar a surgir com outra revelação.
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"Eu não vou a 13, vou a 12". Segundo conta à TSF a Irmã Júlia Bacelar, da Congregação das Irmãs Adoradoras, terão sido estas palavras ditas pelo chefe da igreja católica durante uma audiência que se seguiu à participação da congregação numa assembleia da RENATE (Rede de Religiosos Europeus contra o Tráfico e a Exploração).
Um momento, sublinha, de muita proximidade. "Achei-o tão próximo, parecia que tinha estado com ele no dia anterior. Então, quando lhe entreguei a bandeira de Portugal, ele disse que a bandeira era muito bonita e eu disse-lhe que quando fosse a Fátima, no dia 13, tinha de a levar. E ele disse: 'Eu não vou a 13, vou a 12'", lembra.
Com muitos risos à mistura, Maria Júlia Bacelar adianta que a conversa se tratou quase de um golpe de sorte com um final feliz. Ao contrário da maioria das pessoas que tinham estado presentes na assembleia sobre o tráfico de seres humanos, a freira preferiu não insistir num tema sobre o qual Francisco já tinha sido alertado e lembrou-se do 13 de maio.
"Pensei que era melhor ser a última para falar um bocadinho com ele. Quando já estava na fila, lembrei-me: 'Vou-lhe falar de Fátima que ele fica todo contente'. E acertei em cheio. Ele também ficou muito contente. A maneira como ele ficou a olhar para a bandeira portuguesa...foi fantástico, foi muito giro", conta, em entrevista à TSF.
Desse primeiro encontro, Júlia Bacelar recorda, por isso, a "proximidade" - que, em boa parte, permitiu que Francisco lhe revelasse a data e recebesse a bandeira - e muita emoção. "Ia-lhe dar um beijo, mas fiquei tão emocionada que nem beijo nem nada. Ele apertou-me as mãos e eu disse-lhe: 'Nos veremos lá'. Ao que ele respondeu: 'Sim, sim, nos encontraremos lá'".
Quanto à revelação, a Irmã defende que não terá sido fruto de qualquer tipo de distração por parte do Papa Francisco. Sobre aquilo que irá dizer, já em Fátima, o chefe da igreja católica, Júlia Bacelar garante que não tem qualquer tipo de informação privilegiada, apenas um palpite.
"Penso que ele vai mudar este discurso que nós temos sobre Fátima, de chegarmos lá, despejarmos as nossas mágoas, a Senhora fica lá com os segredos e vamos embora. Penso que vai dar uns toques fortes sobre o que se pode trazer de Fátima quando se vai lá", afirma.