O primeiro-ministro reconhece que a medida fiscal de cortar no subsídio de Natal é dura, mas, defende, teve que «falar a verdade e com transparência» para cumprir o défice.
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Passos Coelho disse à saída do Parlamento, depois do debate sobre o programa do Governo, que desiludiria os portugueses se não falasse o que prometeu.
Ou seja, explica o primeiro-ministro, «falar a verdade e com transparência» para «não andar a reboque dos acontecimentos e não deixar o exercício orçamental chegar ao fim do ano para anunciar medidas extraordinárias».
O Passos Coelho refuta a ideia de que não falou a verdade aos portugueses durante a campanha eleitoral. «Aquilo que eu prometi aos portugueses foi transparência e coragem. É isso que procurarei fazer e foi o que quis fazer na minha primeira vinda ao Parlamento», frisou.
O anúncio do corte no subsídio de Natal não foi a forma mais simpática de se estrear no Parlamento, considera o primeiro-ministro, e sublinha que o que o «Governo pretendeu fazer nesta altura é o mais transparente e mais verdadeiro».
E conclui: «Não vamos andar de três em três meses a apresentar novas medidas».