O primeiro-ministro indigitado diz Fernando Nobre ajudaria a Assembleia da República (AR) «como independente e como uma personalidade de grande prestígio na sociedade portuguesa».
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O presidente do PSD lamentou que a maioria dos deputados tenha chumbado a candidatura de Fernando Nobre à presidência da Assembleia da República perdendo a oportunidade de ter «um verdadeiro independente» nesse cargo.
«Tenho pena que o Parlamento não tenha aproveitado esta oportunidade para dar esse passo que nunca foi dado até hoje, que era o de ter um verdadeiro independente a presidir ao Parlamento», declarou Pedro Passos Coelho aos jornalistas.
Numa declaração de dois minutos, nos Passos Perdidos do Parlamento, Passos Coelho acrescentou que respeita a decisão dos deputados e que vai apresentar na terça-feira um novo candidato do PSD a presidente da Assembleia da República, depois de ouvir os órgãos internos do partido.
Ainda sobre a escolha de Fernando Nobre, feita antes do período oficial de campanha eleitoral para as legislativas de 5 de Junho, o presidente do PSD reiterou a sua convicção de que «ele ajudaria o Parlamento como independente e como uma personalidade de grande prestígio na sociedade portuguesa».
Segundo o primeiro-ministro indigitado, Fernando Nobre «ajudaria o Parlamento a abrir-se à sociedade civil».
Depois de ter falhado a eleição duas vezes sucessivas, obtendo primeiro 106 e depois 105 votos favoráveis, menos do que os 108 deputados do PSD, Fernando Nobre decidiu não voltar a candidatar-se a presidente da Assembleia da República.
«Respeito a sua decisão pessoal e não tive condições para insistir com o doutor Fernando Nobre numa terceira votação», disse Passos Coelho, a esse propósito.