O líder do CDS-PP disse não ser possível à Região Autónoma da Madeira endividar-se mais e garantiu que a alternativa política no arquipélago, que vai a eleições a 9 de Outubro, é o partido.
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«O que me levou a ser sempre crítico do endividamento excessivo e de uma despesa excessiva no plano da República, levou-me sempre também a ser crítico de um endividamento excessivo e de uma despesa acima das possibilidades nas regiões autónomas», afirmou Paulo Portas, este sábado no Funchal, cidade escolhida pelo partido para as comemorações do seu 37.º aniversário.
Paulo Portas salientou que «o facto de o CDS ter tido essa coerência é que lhe permite apresentar-se ao eleitorado como um partido razoável, como um partido com os pés assentes na terra, que é pragmático, realista, que sabe que as coisas estão difíceis e que não é mais possível -- também no plano regional - continuar a endividar, endividar, endividar, contrair dívida, mais dívida, mais dívida».
«Esse é um caminho que levou o país à situação que todos conhecem e que, no plano regional, do nosso ponto de vista, também tem que ser alterado», declarou o presidente do CDS-PP, no final das Jornadas Atlânticas.
O responsável referiu-se ainda à governação socialista, estabelecendo um paralelismo com a situação na Madeira: «O PS deixou o país como deixou, toda a gente sabe, a dívida, a despesa, a segunda recessão em dois anos, e aqui, na Madeira, a dívida também é enorme, a despesa também foi acima do possível e agora há muitas dificuldades».
«Quem governa a Madeira é o PSD-Madeira, se nós fomos oposição na República por uma determinada razão, fomos oposição aqui na Madeira também com coerência e acho que constituímos uma alternativa para as pessoas, que sabem que não é possível premiar os socialistas nem é possível continuar como se está, também aqui na região», observou.
Questionado se se sente confortável a criticar o Governo Regional, do PSD, o presidente do CDS-PP respondeu: «Uma coisa é o Governo do país, onde há uma coligação PSD/CDS, leal e para fazer o que é necessário, outra coisa, porque na Constituição existe poder regional autónomo, é o que se passa aqui na Madeira, que tem órgãos próprios».
Sobre as eleições legislativas regionais, o presidente do partido declarou-se convicto de que os centristas vão melhorar o resultado.