O ministro da Defesa disse, esta manhã, que Portugal vai manter presença no Afeganistão, «uma intervenção prioritária», no Líbano e no combate à pirataria no Índico, apesar do corte de 30% nas missões portuguesas.
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À margem de uma conferência organizada pelo Instituto de Defesa Nacional (IDN), em Lisboa, o ministro Aguiar-Branco referiu que «tal como o que se passa em todo o país, tivemos de fazer uma redução em cerca de 30 por cento do montante que tínhamos investido em 2010 e em 2011 nessas áreas porque a isso obriga a situação em que o país se encontra».
Esta redução orçamental significa que dos «cerca de 75 milhões de euros, que é o que actualmente se despende nas forças destacadas, [se vai passar] para pouco mais de 50 milhões», disse o governante.
«Vamos ter intervenção em todas as áreas, no seio da NATO, da União Europeia (UE) e Nações Unidas (ONU). Seguramente estaremos no Afeganistão, na NATO, com o mesmo número de militares e com a mesma natureza de participação, porque esta foi considerada uma intervenção prioritária», afirmou o ministro.
O ministro da Defesa disse ainda que Portugal vai manter a sua intervenção de combate à pirataria no oceano Índico, integrado na operação europeia, bem como a sua participação no Líbano, «onde pela primeira vez, serão integrados 12 militares timorenses, que irão partir para o Líbano em Janeiro do próximo ano».
Questionado sobre o receio por parte das Forças Armadas de novos cortes orçamentais na área, o ministro da tutela disse «compreender» a situação dos militares mas sublinhou que todas as áreas em que o Estado tem intervenção vão sofrer cortes.