PPM vai lançar campanha para referendo sobre monarquia. «Qual é o medo, meus senhores?»
O líder nacional do PPM, Paulo Estevão, anunciou hoje que o partido vai «reivindicar» na rua, durante o mês de abril, a liberdade do povo poder escolher entre um regime republicano ou monárquico no país. «Qual é o medo, meus senhores?»
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«Em democracia ninguém é dono do voto de ninguém. Deixem o povo português pronunciar-se sobre a natureza do regime. Não se façam donos da vontade dos portugueses», apelou hoje Paulo Estevão, na sessão se encerramento do XXIV congresso nacional do PPM, realizado na cidade da Horta, nos Açores.
O líder dos monárquicos lembrou que em Espanha é possível referendar a monarquia, desde que essa seja a vontade do povo, que na Austrália a monarquia também foi alvo de referendo e que só em Portugal é que a Constituição «proíbe expressamente a realização de um referendo que possa alterar a natureza republicana do Estado».
«Qual é o medo, meus senhores?», questionou Paulo Estevão, acrescentando que os republicanos alegam que «não vale a pena» referendar esta matéria, porque «eles já ganharam antes de contar os votos», uma justificação que o PPM considera não fazer sentido em democracia.
Reeleito líder nacional do PPM neste congresso, e por unanimidade, Paulo Estevão quer também encetar uma luta política a nível nacional para fazer regressar o partido à Assembleia da República, nas eleições de 2015.
«Esse é o meu compromisso: voltar a colocar o PPM nos principais órgãos de decisão política no nosso país», prometeu Paulo Estevão, acrescentando que esse é o lugar que «por história, vocação e destino» compete ao partido.
Deputado na Assembleia Legislativa dos Açores, Paulo Estevão referiu-se também à autonomia açoriana, na sessão de encerramento do congresso, para reivindicar mais poderes para ao arquipélago em matéria de gestão das suas águas marinhas.
Participaram no XXIV Congresso Nacional do PPM, cerca de 40 congressistas.