Lurdes Figueiral, da Associação de Professores de Matemática, considerou negativo que as provas finais do 4º e 6º ano tenham tido tantos exercícios de cálculo. A Sociedade Portuguesa de Matemática não concorda totalmente com esta ideia.
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A Associação de Professores de Matemática não ficou completamente satisfeita com o conteúdo das provas finais de 4º e 6º ano da disciplina, realizadas esta quarta-feira.
Em declarações à TSF, Lurdes Figueiral, dirigente desta associação, explicou que entre 75 a 80 por cento destas provas eram relativas ao cálculo e que isso esse «peso excessivo» merece uma «apreciação negativa».
Falando sobre a prova do 4º ano, esta dirigente da Associação de Professores de Matemática indicou que «grande parte das questões exige vários raciocínios não diretos».
«Há poucas perguntas de resposta direta e imediata», acrescentou Lurdes Figueiral, que entende que este facto torna a prova «pouco equilibrada e muito extensa».
Por seu lado, o presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática considerou que as «duas provas eram adequadas na linha do que já aconteceu em 2013» e «cobrem bem a matéria e tinham uma extensão adequada».
Miguel Abreu, que entende terem existido «perguntas seletivas que valorizam o trabalho dos melhores alunos», apontou um «excesso de complicação» na parte da prova do 6º ano onde se podia usar a máquina de calcular.
«Não havia tanta necessidade desse excesso de dificuldade que não traz muito de adicional em termos de avaliar os conhecimentos dos nossos alunos», acrescentou, em declarações à TSF.
Antes, o ministro da Educação tinha garantido que os alunos com mais dificuldades nestas provas não seriam prejudicados, uma vez que dispõem de um período adicional para recuperação.
«Estas provas são feitas mais cedo que os exames nacionais para dar mais tempo às escolas de se organizarem e de verem onde houve dificuldades especiais e ajudar os jovens que tiveram essas dificuldades a ultrapassarem-nas», frisou Nuno Crato.