O secretário-geral do PSD afirmou, este domingo, que é o próximo governo que tem de assumir a negociação para a ajuda externa e que José Sócrates é um líder «cansado».
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José Sócrates disse, no encerramento do congresso do PS, em Matosinhos, que contou com a presença de Miguel Relvas, que as negociações da ajuda externa serão lideradas pelo Governo e terão como base o Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) que foi chumbado pela oposição.
«Quem tem de assumir as responsabilidades e as propostas de médio e longo prazo é o governo que sair das eleições de 5 de Junho», defendeu o social-democrata, considerando que, com este anúncio, José Sócrates desmentiu Teixeira dos Santos, ministro das Finanças.
«É a primeira vez que reconhece em público que esteve a negociar com o FMI», destacou.
Miguel Relvas disse que o discurso estava de «costas voltadas para o país» e foi «vazio», porque não mostrou «ideias para o futuro».
Os socialistas são «responsáveis» pela situação a que Portugal chegou e «não são capazes de ter uma ideia de projecto para o futuro»,criticou.
O social-democrata ouviu um «discurso de campanha eleitoral de um partido que está esgotado e de um líder que está cansado», que atacou toda a gente, partidos, parceiros sociais, Assembleia da República e Presidência da República.
Quanto ao facto de a delegação do PSD no congresso ter sido apupada, Miguel Relvas entende que isso só revela que os socialistas «não estão verdadeiramente interessados em defender o interesse do país, mas em defender os seus interesses». «A fazer festas são bons», comentou.