PS: Secretário para a organização diz que eleições decorrem com «normalidade» em Braga
O ato eleitoral para a federação socialista de Braga está a ser marcado por queixas de irregularidades. Miguel Laranjeiro diz que o ato foi «convocado mediante os procedimentos e regulamentos em vigor».
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O secretário nacional para a organização do PS, Miguel Laranjeiro, afirmou hoje que em todas as secções de voto da federação socialista de Braga as eleições estão a decorrer com «total normalidade».
Em declarações à Lusa, Miguel Laranjeiro afirmou que o parecer da comissão distrital de jurisdição da Federação do PS-Braga, que considerou «sem efeito» as eleições com base em irregularidades na convocatória do ato eleitoral, «não tem efeitos suspensivos».
De acordo com Miguel Laranjeiro, o ato eleitoral foi «convocado mediante os procedimentos e regulamentos em vigor».
«Protestos pode haver em qualquer mesa de voto de qualquer eleição, depois são analisados pelas instâncias jurisdicionais e pela comissão organizadora do congresso», disse. «O que não era possível era não realizar o ato eleitoral, o direito dos militantes participarem tem de ser garantido», acrescentou.
Miguel Laranjeiro afirmou que as 17 secções dos 14 concelhos do distrito de Braga «abriram a horas, com os elementos das duas candidaturas presentes».
Em Braga, disputam a liderança da distrital Maria José Gonçalves, apoiante do secretário-geral socialista, António José Seguro, nas primárias, e Joaquim Barreto, apoiante da candidatura do presidente da Câmara de Lisboa, António Costa.
A lista de Maria José Gonçalves à Federação Distrital do PS-Braga denunciou «gritantes ilegalidades» nas mesas de voto em Barcelos por estarem a votar militantes «sem apresentação de documento de identificação», considerando não haver as «mínimas» condições de transparência.
Num voto de protesto apresentado à mesa, a que a Lusa teve acesso, os militantes designados por aquela lista para fiscalizar o ato eleitoral que está a decorrer para eleger o presidente da Federação Distrital do PS-Braga denunciam ainda que «estão» a ser «impedidos« de realizar a referida fiscalização e de não terem acesso aos cadernos eleitorais.
Também a candidatura de Joaquim Barreto, formalizou nas mesas de voto de todas as concelhias um voto de protesto. Joaquim Barreto explicou considerar estas eleições falseadas e avisou que será apresentada a «respetiva impugnação» das eleições de hoje, «independentemente da vitória ou derrota» da candidatura que encabeça.
Em causa, diz, está o facto de a convocatória do ato eleitoral ter sido assinada por Fernando Moniz, que não o poderia ter feito por falta de competências para esse ato.