O ministro da Educação disse, esta sexta-feira, após uma reunião com sindicatos, que as quotas na avaliação dos professores vão manter-se.
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Na conferência de imprensa que se seguiu ao encontro com representantes de 14 federações e sindicatos, o ministro reafirmou que as quotas existem em toda a função pública e vão manter-se, defendendo que os melhores devem ser «incentivados».
Na reunião em que apresentou os princípios gerais do novo modelo de avaliação, Nuno Crato garantiu que ninguém sairá prejudicado no futuro.
O Governo não quer que os docentes que «não se reviram neste modelo e que não perfizeram a avaliação tão bem como podiam sejam prejudicados», acrescentou.
«Para ninguém ser prejudicado», concluiu, «valerá nos concursos a melhor das avaliações anteriores escolhidas pelos próprios professores».
Com estes princípios gerais enunciados, todos os presentes na reunião, de uma foma geral, saíram satisfeitos.
Ainda assim, subsiste uma dúvida na Federação Nacional da Educação (FNE). O líder João Dias da Silva defendeu que este modelo de avaliação tem que ficar para um segundo plano, sob pena de o que é realmente importante, o ensino, perder importância.
Já o líder da Federação Nacional de Professores (Fenprof), Mário Nogueira, considerou que nos princípios apresentados cabe tudo, até o anterior modelo de avaliação, por isso, pediu ao Executivo para fazer algo de diferente.
No dia 12 de Agosto serão apresentadas em concreto as propostas do Ministério da Educação e nas duas últimas semanas de Agosto haverá nova ronda negocial. Se tudo correr bem, o novo modelo será apresentado a 12 de Setembro.
Entre os princípios gerais apresentados pela tutela está também o de um modelo menos burocratizado em que os avaliadores terão de pertencer a um escalão superior ao dos avaliados. O resultado dos alunos não poderá assim contar directamente para a avaliação.
Quanto às aulas observadas serão efectuadas por docentes do mesmo grupo disciplinar mas de outra escola.
Relativamente aos concursos para professores contratados está tudo feito e por isso não haverá alterações. No próximo ano logo se verá.