O presidente do Conselho de Admnistração da RTP diz que caso a televisão não consiga aceder a financiamento, podem surgir no caminho dos trabalhadores soluções mais «dolorosas», como a possibilidade de um despedimento coletivo.
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As dificuldades de financiamento da RTP já tinham sido admitidas ontem pelo ministro Poiares Maduro. Alberto da Ponte, ouvido esta manhã no Parlamento, disse aos deputados que, para já, é preciso esperar para tomar qualquer decisão, mas que, à «medida que o financiamento vai faltando e que o tempo vai correndo», em cima da mesa está a possibilidade de um despedimento coletivo dos trabalhadores.
Depois de ontem, durante a audição de Poiares Maduro, a oposição ter falado em dificuldades na empresa para fazer face aos salários dos trabalhadores já no mês de março, o presidente do Conselho de Administração da RTP garante que os pagamentos estão garantidos durante os próximos meses e que a opção passará sempre por sacrifícios na grelha de programação e não por parte dos trabalhadores.
Alberto da Ponte mostrou-se ainda satisfeito com os resultados obtidos pela empresa nos últimos dois anos, entre 2011 e 2013.
O presidente do Conselho de Admnistração da RTP fala em uma redução do financiamento público de mais de 90 milhões de euros e redução de custos na ordem dos 70 milhões.
Alberto da Ponte foi ainda questionado sobre uma entrevista ao Diário de Notícias, onde afirmou que há na RTP quem «não faça puto».
Alberto da Ponte reconhece que poderia ter utilizado outra expressão, mas diz que houve quem «enfiasse a carapuça».
O presidente do Conselho de Administração da RTP prometeu também entregar a Poiares Maduro, esta semana, um estudo pedido pelo Governo sobre os centros regionais de rádio e televisão das regiões autónomas, Madeira e dos Açores.
Alberto da Ponte falou durante, esta manhã, no Parlamento, na Comissão de Ética, Cidadania e Comunicação.