A RTP avançou com novo programa de rescisões voluntárias esta semana que têm como objetivo «fazer saídas com o menor custo social possível», disse hoje o presidente da empresa.
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Alberto da Ponte falava na comissão parlamentar para a Ética, Cidadania e Comunicação, no âmbito das alterações à lei da televisão, da rádio e novos estatutos da empresa.
Em resposta aos deputados sobre se há trabalhadores a mais na empresa, Alberto da Ponte disse: «Concordo que há trabalhadores a mais na RTP em alguns setores e menos noutros».
O gestor não adiantou em que áreas havia trabalhadores a mais e a menos e sublinhou que o plano de desenvolvimento e redimensionamento da empresa prevê uma redução de custos, o que afeta também a força laboral.
Se esses cortes são «à custa de trabalhadores ou de menos regalias» é algo que ainda terá de ser analisado, sempre dentro do cenário do diálogo, explicou.
«O novo programa de saídas voluntárias», que arrancou esta semana, tem como objetivo «fazer saídas com o menor custo social possível», frisou.
Em resposta aos deputados sobre se admite um despedimento coletivo, Alberto da Ponte afirmou que todos os cenários estão em aberto, embora este seja o último.
«Para cumprir o orçamento temos de encarar soluções que possam ser mais dolorosas, incluindo o despedimento coletivo», salientou, acrescentando que tal poderá ser evitado com «financiamento e diálogo».
O gestor garantiu ainda que os salários dos trabalhadores da RTP estão garantidos este ano, apontando que a empresa não deixará de cumprir as suas obrigações para com os funcionários.