Algumas centenas de pessoas protestaram, este sábado, em Beja contra medidas do Governo na área da saúde, como o aumento das taxas moderadoras, e exigiram um Serviço Nacional de Saúde (SNS) que «cumpra o seu desígnio» com «melhor qualidade».
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A acção de protesto, promovida pela Saúde Plataforma, começou com uma concentração no Jardim do Bacalhau, onde os manifestantes, entre intervenções, empunharam bandeiras negras e cartazes e aprovaram um manifesto com as suas preocupações e reivindicações.
«Pela nossa saúde internem o ministro com urgência», «Não acabem com o SNS», «A saúde não é mercadoria», «Governos limitam o direito à saúde», «Contra as taxas moderadoras» e «Não aos encerramentos de extensões de centros de saúde» eram algumas das frases dos cartazes.
O aumento das taxas moderadoras, a falta de médicos, a redução de horários de centros de saúde, os limites ao transporte de doentes não urgentes e o fim da comparticipação de alguns medicamentos foram algumas das medidas contestadas.
O protesto serviu também para contestar o eventual fecho da maternidade do Hospital de Beja e de 34 extensões de centros de saúde do distrito e o fim de serviços e o eventual fecho ou privatização do Hospital de Serpa.
Após a concentração no jardim, os manifestantes desfilaram a pé, entre palavras de ordem e apitos, até à entrada do recinto do Hospital de Beja, onde voltaram a concentrar-se.
A concentração neste local durou enquanto uma delegação da Saúde Plataforma se deslocou ao interior do Hospital de Beja para entregar o manifesto à administração da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo.
A Saúde Plataforma foi criada pela câmara, pela assembleia municipal e pelas juntas de freguesia de Serpa para contestar a redução de serviços no hospital local, e, entretanto, foi alargada à participação e às reivindicações de autarcas, sindicalistas e representantes de comissões de utentes do SNS e do movimento de reformados do distrito de Beja.