António José Seguro não fala em moção de censura mas insiste que o PS quer um novo ciclo de governação no país e diz que dia 25 de maio é apenas o início de uma mudança governativa.
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Num dia em que o secretário geral do PS apelou à censura dos portugueses ao Governo, à noite, num discurso em Barcelos, em que voltou a rejeitar mais impostos, Seguro garantiu ser um «democrata sem medo», salientando que a «democracia tem instrumentos que permitem mudar de executivo».
Ao almoço António José Seguro falou num Governo a chegar ao fim, insistindo na palavra censura. Pouco depois, Francisco Assis esclareceu que, para já uma moção de censura não está em cima da mesa, mas sublinhou que, depois das eleições europeias, tudo pode acontecer.
À noite, perante uma plateia, em que também marcou presença o líder parlamentar socialista, Seguro não falou em censura, mas acrescentou, que depois de 25 de maio, o PS quer marcar um novo ciclo e sublinha que o 25 de abril trouxe a democracia e com ela instrumentos para mudar de Executivo.
Mudar de ciclo que, garante o secretário geral, com o PS é sinónimo de colocar um travão a novos impostos no país.
Seguro apela aos portugueses que derrotem o Executivo liderado por Pedro Passos Coelho e diz que é preciso ajustar contas com os últimos três anos de governação, mas sublinha que o dia 25 de maio é apenas a primeira oportunidade para dizer não à austeridade e à saída do comício em Barcelos.
Confrontado com o incentivo de um simpatizante socialista, deixa a garantia de que está pronto para iniciar uma nova liderança, apesar de não se considerar general.