O ministro da Presidência apelou para que não se faça na «praça pública» a discussão interpartidária no processo negocial sobre a ajuda externa.
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De acordo com o ministro da Presidência, nestes encontros, o Governo pediu aos partidos para que lhe indicassem os seus interlocutores nas negociações internas e, apesar de Portugal se preparar para uma campanha eleitoral, pediu também discrição nessas conversações.
«Nesta matéria, deverá haver um especial sentido de Estado e sentido do interesse nacional. A reserva quanto ao decurso das negociações favorece os interesses do país e uma negociação na praça pública, como os portugueses compreenderão, é prejudicial aos interesses nacionais», sustentou.
Pedro Silva Pereira, que será o interlocutor do Governo no diálogo com a oposição, deixou depois um apelo aos partidos para que «haja sentido de Estado e sentido do interesse nacional».
«Iniciaram-se os contactos com a troika internacional e estamos numa fase preliminar de avaliação técnica da situação. Neste momento em que as autoridades portuguesas dialogam com as instituições internacionais, ver partidos na praça pública a pôr em causa a transparência das contas públicas portuguesas sem nenhum fundamento não é o melhor contributo para que possa prevalecer na negociação o interesse nacional», insistiu.
Para o ministro da Presidência, «o empenho do Governo é que se responda à inquietação natural das pessoas neste processo negocial, que o Governo liderará como lhe compete para proteger os interesses dos portugueses».
Silva Pereira sustentou ainda que as contas públicas portuguesas «são inteiramente transparentes» e criticou o líder do PSD por usar expressões impróprias antes de Portugal iniciar uma negociação internacional como «esqueletos escondidos no armário».