A associação reage, em declarações à TSF, às palavras do ministro da Saúde que considerou «totalmente imoral» o preço de um novo medicamento para a hepatite C.
Corpo do artigo
A presidente da Associação SOS Hepatites ficou desiludida com as palavras do ministro da Saúde que classificou hoje como «imoral» o preço pedido pela indústria farmacêutica para o novo medicamento para a hepatite C (48 mil euros).
À TSF, Emília Rodrigues conta que esperava que o Governo aproveitasse o Dia Mundial das Hepatites para anunciar o acesso a este novo medicamento. Contudo, o resultado foi completamente diferente. A presidente da associação admite que tem lógica tentar conseguir um preço mais barato, mas se a espera demora muito vamos ter doentes a morrer de forma desnecessária.
Emília Rodrigues defende que este medicamento é caro mas vai poupar, a prazo, muito dinheiro ao Estado pois evita outro tipo de tratamentos e cura mais de 90% dos doentes em 3 meses.
A presidente da SOS Hepatites contesta ainda as palavras do ministro que falou em «imoralidade». Segundo Emília Rodrigues, «não existe preço para uma vida humana e imoral é os doentes morrerem por não terem acesso a este medicamento».