Após uma reunião com António José Seguro, João Proença adiantou que a possibilidade de uma greve geral «está em cima da mesa».
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A UGT admitiu a possibilidade de participar numa greve geral de protesto contra as medidas de austeridade recentemente anunciadas pelo Governo, que merecem grandes formas de luta.
Referindo-se ao acordo de concertação social, o líder desta central sindical lembrou à saída de uma reunião contra o secretário-geral socialista, António José Seguro, que neste documento não consta uma «cláusula de paz social».
«Estas medidas vão implicar uma grande conflitualidade social, formas de luta, incluindo greves», acrescentou João Proença, que reconheceu que a possibilidade de uma greve geral «está em cima da mesa».
O secretário-geral da UGT explicou que «quando digo, na resolução ontem aprovada, greve da UGT e dos seus sindicatos, a única greve da UGT possível é uma greve geral» e que sem a UGT e a CGTP «não há greve geral».
João Proença frisou ainda que o «Governo está a afundar o acordo de concertação social» e considerou que rasgar este documento significaria que o Governo «podia prosseguir aquilo que vem fazendo».
«Deu um tiro no acordo e, por isso, todas as confederações subscritoras do acordo estão disponíveis para dizer ao Presidente da República que estas medidas anunciadas põem em causa o cumprimento do acordo», explicou.
Considerando que rasgar o acordo seria colocar fim ao diálogo social, João Proença entende que este diálogo tem de se manter e que não se pode dar ao Governo liberdade para fazer o que quer na área do crescimento e emprego.
«No acordo, as medidas mais negativas estão cumpridas, as medidas positivas, nomeadamente viradas para o crescimento e emprego não estão e nós queremos essas medidas», concluiu.