O presidente da Câmara considera que "a democracia está viva" e espera que no final da noite os números apontem para "uma menor abstenção".
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São 17h30. Isabel Barroso acaba de sair da secção de voto instalada no Bairro de São Vicente de Paulo, na cidade de Vila Real. É uma entre os sete mil eleitores registados neste local onde funcionam sete mesas. E também é uma entre os 50 mil registados no concelho. "O importante é que as pessoas se mobilizem e votem", salienta, à TSF, porque "para além de um direito é também um dever de cidadania".
A afluência de eleitores a esta secção de voto estava já em fase de desaceleração às 18h00. Mas tal não significava uma má adesão. Olhando para todo o concelho, o presidente da Câmara, Rui Santos, fazia contas, momentos antes, a um aumento de "nove por cento de votação". Era superior à registada nas eleições legislativas de 2019, com base em dados recolhidos em "mesas de amostragem que servem de padrão para as restantes cerca de 90 em todo o concelho". É sinal, na sua opinião, que "a democracia está viva", esperando que no final das contas deste domingo impliquem "uma menor abstenção".
Ana Cláudia Carvalho é das que prefere votar "do meio da tarde para a frente", porque, normalmente, "apanha menos filas". Para ela, votar é "um direito, mas também um dever". Porque, como frisa Isabel Barroso, "se durante muitos anos o voto foi impedido, é necessário sensibilizar os mais jovens para a importância da participação nas eleições", bem como "poder escolher quem deve governar o país".
Por falar em jovens, Clarisse Casais, a presidente da mesa n.º 5, no Bairro São Vicente de Paulo, verificou, para além de "uma taxa de abstenção baixa", a adesão de "pessoas mais novas, algumas pela primeira vez", o que "revela que estão atentas e preocupadas com os destinos do país.
Apesar de Rui Santos estar otimista, prefere adotar algumas cautelas na hora de "cantar vitória sobre a abstenção, pois uma maior adesão nas primeiras horas da tarde, também pode significar que as pessoas não se quiseram guardar para o período entre as 18 e as 19 horas, que foi recomendado para os que deram positivo à Covid-19. O autarca explica que o concelho regista, atualmente, "mais de 1400 casos ativos", o que significa "mais de 3000 pessoas confinadas", e que, supostamente, podem "alterar as contas finais" no caso de não terem votado.