Num comunicado conjunto, a Associação Nacional de Sargentos (ANS), a Associação de Praças (AP) e a Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA) elegeram «2014 como o ano em que exprimir a indignação já não é suficiente».
A iniciativa pública decorrerá no Largo Camões, em Lisboa, no dia 13 de fevereiro, a partir das 18:00.
«Perante o subir da fasquia da agressão para níveis inimagináveis não podemos ficar de braços caídos, não podemos olhar para o lado. Foi este Governo, que de forma quase irresponsável, elevou a dimensão dos problemas», afirmou o presidente da Associação Nacional de Sargentos, em declarações à Agência Lusa.
A redução das remunerações e o congelamento das progressões na carreira, a revisão do Estatuto dos Militares, «decidida em segredo», a «suspensão da passagem à situação de reserva», a alteração das regras do suplemento de residência e as «sucessivas alterações à Assistência na Doença aos Militares» são os motivos de descontentamento apontados pelas três associações.
A ANS, AOFA e AP criticam ainda o corte de pensões de sobrevivência de viúvas de militares considerando que «configura o inaceitável confisco dos descontos de quem já morreu» num «desprezo total pela memória dos que deram o seu melhor ao serviço da pátria».
A extinção do Fundo de Pensões dos Militares das Forças Armadas e o «tratamento dado aos militares» na reforma que são «em muitos casos mais penalizados do que qualquer outro cidadão» são também motivos que justificam a iniciativa pública conjunta, alegam.
Lima Coelho disse que a iniciativa pública do dia 13 consistirá numa primeira parte de debate sobre as questões que afetam o país e os militares e, após o debate, numa tomada de posição comum.
«Quando os governantes vêm dizer que Portugal está no bom caminho, como é que é possível ser bom para Portugal e mau para os portugueses? Portugal existe sem os portugueses?», questionou.