Barroso nega «qualquer intervenção directa» na compra de submarinos

Durão Barroso diz que «não teve qualquer intervenção directa ou pessoal» no caso da compra dos submarinos, além da participar na decisão colectiva tomada em Conselho de Ministros.

«Venho esclarecer que o dr. José Manuel Durão Barroso se abstém de qualquer comentário a um caso que corre actualmente na justiça alemã», segundo Leonor Ribeiro da Silva, porta-voz do presidente da Comissão Europeia.

Leonor Ribeiro da Silva acrescentou que Durão Barroso «quer, no entanto, clarificar que, para além da participação na decisão tomada colectivamente em Conselho de Ministros, ele não teve qualquer intervenção directa ou pessoal neste âmbito».

O presidente da Comissão Europeia reconhece que «conheceu o cônsul honorário de Portugal em Munique, como aliás esteve em contacto com muitos outros representantes do Estado português no estrangeiro», mas sublinha que «não foi, no entanto, nunca por ele abordado sobre este processo».

O Governo português suspendeu hoje o cônsul honorário de Portugal em Munique, Jurgen Adolff, de «todas as funções relacionadas com o exercício do cargo», na sequência da investigação na Alemanha de suspeitas de corrupção na venda de submarinos.

A revista alemã Der Spiegel noticiou que um cônsul honorário de Portugal, que não identifica, terá recebido um suborno de 1,6 milhões de euros da Ferrostaal para ajudar a concretizar a compra de dois submarinos pelo Estado português em 2004.

De acordo com a Der Spiegel, o cônsul honorário terá também organizado, no verão de 2002, uma «reunião entre a administração da Ferrostaal e o antigo primeiro ministro português José Manuel Durão Barroso», actual presidente da Comissão Europeia.

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