O Presidente da República apelou, esta segunda-feira, aos emigrantes para que ajudem Portugal a ultrapassar as dificuldades pelas quais o país passa e defendeu que seria bom aproveitar as potencialidades dos portugueses espalhados pelo mundo.
Em Oliveira de Azeméis, na apresentação da Comissão de Honra das Comunidades, Cavaco Silva confirmou que da magistratura activa que pretende levar a cabo no segundo mandato também faz uma especial atenção às comunidades portuguesas no estrangeiro.
«Como seria positivo que aproveitássemos as capacidades empresariais, de investimento e inovação desses portugueses de talento, amplamente reconhecidos nas terras de acolhimento, num tempo de crise como o que nós atravessamos», explicou.
O chefe de Estado disse que se tem «empenhado na constituição de parcerias» ao «colocar em contacto empresários e outros agentes de sucesso de outros países com empresários, agentes económicos, sociais, culturais e ambientais portugueses».
«Trabalhando em conjunto, aproveitando as potencialidades dos que estão lá fora e cá dentro», Cavaco Silva, que disse que as comunidades portuguesas foram sempre uma sua preocupação, pretendeu «ajudar o nosso país a andar para a frente».
Neste cerimónia, o chefe de Estado lembrou ainda que não aceitou «promulgar o diploma que impunha o voto presencial aos portugueses residentes no estrangeiro nas eleições legislativas».
«Foi também por isso que antes de ser Presidente da República me bati contra outros para que fosse reconhecido o direito de voto aos portugueses residentes no estrangeiro nas eleições para a escolha de Presidente da República, o mais alto magistrado da nação», concluiu.
