O CDS-PP entende que o Governo deve uma «justificação às forças de segurança e uma explicação aos contribuintes» em relação ao contrato de aquisição dos blindados para a PSP.
Em declarações à TSF, o deputado Nuno Magalhães lembrou que às forças de segurança «foi prometido o reforço de meios que não se esgotariam na Cimeira da NATO e que seriam necessários para a actividade diária» que «afinal já não vem».
Para este parlamentar, «parece inexplicável numa altura em que se pedem tantos sacrifícios aos portugueses e aos contribuintes que se façam negócios que equivalem a alguns milhões de euros em nome do Estado português».
E depois «acaba-se a discutir esses milhões como se fossem tostões». «Esses milhões não são tostões, são mesmo milhões», concluiu.
O Bloco de Esquerda espera, por seu lado, que o Governo denuncie o contrato não só dos quatro blindados ainda não entregues, mas também dos dois entregues após a Cimeira da NATO.
Também ouvida pela TSF, Helena Pinto lembrou que este foi um «processo muito tumultuoso» e que a única empresa que se mostrou disponível para a entrega destes blindados tem «negócios estranhos».
«Esteve envolvida na guerra do Iraque e noutros cenários de guerra através da contratação de mercenários, o que também não abona nada como sendo um dos fornecedores do Governo português», recordou.