- Comentar
São 20 anos a mostrar o novo cinema que se faz na Alemanha, mas também no mundo que tem a expressão alemã como ferramenta, do Instituo Goethe Portugal. Teressa Althne, tem sido nos últimos anos a voz da mostra Kino e destaca essa ideia de trazer o novo cinema que se faz nestes países de expressão alemã, novo cinema produzido o ano passado e no ano anterior e que muito não chegam às salas portuguesas de cinema.
No filme de culto, Corre, Lola, Corre, os dois principais atores são agora realizadores e a Kino traz também os filmes de estreia destes dois realizadores de cinema.
Nesta edição dos vinte anos, há um tema que junta todos os principais filmes da mostra Novos começos, onde de alguma forma há um novo inicio para alguma coisa.
Os 15 filmes aí apresentados têm em comum essa ideia de começar de
novo, quer seja após uma fatalidade, trauma ou despedida, quer seja através de uma
Subscrever newsletter
Subscreva a nossa newsletter e tenha as notícias no seu e-mail todos os dias
mudança, de uma possibilidade criada por novos impulsos ou formas de estar na
sociedade, ou através de um desejo ou esperança. Para além disso, a KINO volta a
apostar numa maioria de filmes realizados por mulheres e na apresentação de primeiras
obras. Os filmes dividem-se nas três secções habituais: Visões, dedicada às grandes
obras cinematográficas recentes, Perspetivas, que se debruça sobre os primeiros
trabalhos de realização e Realidades, onde cabem documentários como o já anunciado
filme da sessão de abertura Quando a primavera chegou a Bucha e muitos outros a não
perder.
Na secção Visões encontram-se filmes como Home, a estreia no papel de realizadora da
conhecida atriz Franka Potente, com Kathy Bates e Jake McLaughling; Córtex, outra
estreia na realização de um ator, Moritz Bleibtreu, num thriller reminiscente dos filmes
de Christopher Nolan; o clássico de culto Corre, Lola, corre de Tom Tykwer com -
precisamente - Franka Potente e Moritz Bleibtreu nos papéis principais, apresentado
numa sessão especial em 35mm; e mais três filmes de inegável originalidade e
qualidade: Até podíamos estar mortos, de Natalia Sinelnikova, uma sátira distópica
visualmente deslumbrante e admiravelmente hábil que trata do medo e ódio social; Os
comuns, de Sophie Linnenbaum, outra sátira social marcante e comovente num mundo
cinematográfico de fantasia; e Raparigas dos escombros, de Oliver Kracht, que conta
através de imagens intensas e extraordinárias a história do auto-empoderamento de
jovens mulheres tendo como cenário as ruínas da Segunda Guerra Mundial.
O cinema de lingua alemã, da Alemanha, mas também da Suiça, da Austria e do Luxemburgo, nos vinte anos da KINO
Kino Mostra de Cinema de Expressão Alemã, no Cinema S.Jorge e na Cinemateca Nacional em Lisboa, de hoje, 2 de fevreiro, até 18 de fevereiro.