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Dois anos depois do terramoto de Lisboa, em 1755, Casanova viaja até Lisboa. A capital ainda está em ruínas, Casanova, vem atraído por essa catástrofe e também em missão diplomática em segredo.
Em Lisboa Casanova encontra o fausto da corte a viver em Belém em enormes tendas, bem perto da
grande e rica tenda de D. José I, mais acima na Ajuda, enquanto o povo habitua-se a viver entre escombros e pobreza. Carla Bolito parte deste romance de António Mega Ferreira para este espetáculo que assenta em seis cartas que Casanova enviou, à família aos amigos e a amantes, a contar todas as aventuras em Lisboa.
Casanova, porque é um olhar estrangeiro sobre Lisboa daqueles meados do século XVIII, mas também sobre essa ideia contemporânea de uma Lisboa, que Carla Bolito diz estar sempre em obras, e com a crise da habitação e o turismo, Casa Nova e a dificuldade de ter uma casa nova em Lisboa, a cidade que é a protagonista deste espetáculo.
Um espetaculo que tem o texto, a música do barroco tardio com canto e a dança, Carla Bolito até tem um designação especial para este espetaculo, é um "concertáculo", um concerto e um espetáculo.
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O teatro a música e a dança, CasaNova em Lisboa, a olhar para esta cidade, dois anos depois do terramoto, mas também agora, casa nova em Lisboa, escreve Carla Bolito, A associação do nome próprio da personagem principal do romance de Mega Ferreira ao problema da habitação em Lisboa, tornou-se inevitável, a cidade que é ela também a personagem.
Encenação e adaptação do texto Carla Bolito
A partir de textos de Cartas de Casanova Lisboa 1757, de António Mega Ferreira
Orquestra Metropolitana de Lisboa
Direção musical Marcos Magalhães
Cravista Marcos Magalhães
Com Ana Quintans, André Gomes, Marcello Urgeghe, Ângelo Castro, Íris Canamero, Matilde Santos, Vanessa Varela e Vasco Paixão
Coreografias Kimberley Ribeiro
Desenho de luz Manuel Abrantes
Figurinos Ricardo Preto
Fotografia Alípio Padilha
Produtor executivo Bernardo Vilhena - Estado Zero
Imagem © Alipio Padilha
Casanova em Lisboa, a partir de Antonio Mega Ferreira, que é também uma homenagem, agora no CCB, estreia esta sexta feira, dia 17 de março, às 21h00 e fica até domingo, no grande auditório do CCB, em Lisboa.