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Vermelho. Grande. Não há como não ver o coração gravado desde ontem, nas escadarias que dão acesso à Casa da Música. O coração bate e dá o mote ao Ano do Amor, que esta noite se inicia com o primeiro concerto da Orquestra Sinfónica.
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© TSF
Nem as zaragatoas, que se intrometem por estes dias, na rotina dos músicos e de todos os que contribuem para que o espectáculo continue, (três testes em menos de 24 horas, depois de um caso positivo detetado ontem) nem assim o Amor esmorece.
A batuta de Stefan Blunier, o maestro titular da Orquestra há-de rodopiar, brindando a rádio com a peça de abertura desta noite: Salut d`amour, a obra breve de Edward Elgar, escrita como prenda de noivado do compositor à futura mulher, a escritora e poetisa, Caroline Alice Roberts.
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Enquanto os músicos se instalam no palco da sala Suggia, afinando os instrumentos, deixamo-nos contaminar pelas palavras do coordenador da Orquestra, Rui Pereira, um dos responsáveis pela programação deste Ano do Amor, desenhada ainda antes de se imaginar uma pandemia, mas que também por isso se revela um tema certeiro e desejado.
"Depois de tanto distanciamento, é uma coincidência feliz, mas o Amor, da paixão ao ódio, alarga-se a todos os agrupamentos da Casa da Música, ao longo de todo o ano."
Do amor fraterno à volúpia, do amor correspondido ao amor adúltero, dos amores trágicos aos amores obsessivos, os labirintos harmónicos deste ano prometem fúria, paixão, feitiço ou serenidade. São histórias de Amor, como as que nos vão embalar, juntando dois pares amorosos que se conheceram e apaixonaram na Orquestra Sinfónica. O Amor acontece e está no ar.
Aqui.
Ouça aqui na íntegra a reportagem da TSF na Casa da Música.