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Vila Real é uma das 12 cidades portuguesas candidatas a Capital Europeia da Cultura 2027.
Apresenta como trunfos o apoio dos restantes 18 concelhos da Comunidade Intermunicipal do Douro (CIM-Douro), um património rico e a localização central no Norte do país.
O presidente da Câmara de Vila Real, Rui Santos, admite que se trata de "um objetivo ambicioso", mas "está perfeitamente ao alcance". Assenta, nomeadamente, nos "excelentes equipamentos culturais que Vila Real tem", entre os quais, "o teatro, dois museus, o Palácio de Mateus, Panóias, entre outros".
Como Vila Real pretende representar a região duriense, Rui Santos acrescenta ainda os três bens classificados pela UNESCO como Património Mundial: Alto Douro Vinhateiro, Parque Arqueológico do Vale do Côa e Olaria Preta de Bisalhães.
Ainda há os museus do Côa e do Douro, o Teatro Ribeiro da Conceição de Lamego, o Espaço Miguel Torga em São Martinho de Anta (Sabrosa), a musealização da Central do Biel em Vila Real, entre muitos outros equipamentos, monumentos, biodiversidade e gastronomia espalhados pelos 19 municípios da CIM-Douro.
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"Julgo que com a CIM-Douro a apoiar a candidatura, temos todas as condições para sair vencedores", reforça Rui Santos, sublinhando que "Vila Real é a cidade mais bem posicionada para isso aconteça". Frisa que "é o centro geodésico do Norte": "Está a 50 minutos de um aeroporto internacional (Porto) e a pouco mais de Braga, Guimarães, Viseu e de Espanha."
Plano estratégico de Cultura
Por se tratar de uma corrida a 12, "uma competição", a vereadora da Cultura da Câmara de Vila Real, Mara Minhava, não levanta o véu sobre os aspetos mais importantes da candidatura a Capital Europeia da Cultura 2027.
Apesar de ter havido algumas críticas sobre o alegado anúncio tardio deste objetivo, a vereadora esclarece que "não surgiu só agora". "Todo o trabalho que foi feito nos últimos anos, com iniciativas ligadas à cultura, animação, turismo, ambiente, educação e urbanismo está a ser potenciado para agora nos sentirmos com algum fôlego e nos candidatarmos", explica.
Além dos avançados pelo presidente Rui Santos, Mara Minhava acrescenta outros exemplos que "mostram que Vila Real está ao nível do desafio: "O Campeonato e a Taça do Mundo de Carros de Turismo, WTCC e WTCR respetivamente, a Capital da Cultura do Eixo Atlântico 2016, a Cimeira Ibérica e o Festival Internacional de Imagem de Natureza".
No caso de Vila Real não vencer, Mara Minhava está convencida que a cidade vai ficar a ganhar, pois terá, finalmente, um plano estratégico de cultura. "Um documento estrutural a 10 anos, que, só por si, é uma mais-valia muito grande" e que vai permitir "dar à Cultura o palco que ela merece".
Todo o trabalho feito pela Câmara Municipal de Vila Real para a cidade ser Capital Europeia da Cultura vai ser apresentado aos vila-realenses no dia 25 de novembro.
25 milhões
Em 2027, a Capital Europeia da Cultura vai ser dividida entre uma cidade de Portugal e outra da Letónia. A cidade que ganhar a corrida terá à sua disposição 25 milhões de euros para executar o programa cultural. Pode ainda haver um prémio de 1,5 milhões de euros se os objetivos da candidatura aprovada forem concretizados.