"É a solução possível." Campismo do Super Bock Super Rock será no Parque Tejo

O promotor do Super Bok Super Rock garante à TSF que o festival vai ter quatro palcos dentro da Altice Arena e no exterior.

Com a relocalização do Super Bock Super Rock da Herdade Cabeço da Flauta, no Meco, para a Altice Arena, em Lisboa, o campismo previsto para área florestal ficou em risco. Contudo, o promotor do festival assegura que vai continuar a existir.

"Conseguimos o apoio e solidariedade da Câmara Municipal de Lisboa que colocou à disposição no Parque Tejo. É um espaço junto ao rio que nós vamos vedar, colocar segurança e em que se podem montar as tendas. Penso que se consegue resolver", explica Luís Montez, em declarações à TSF.

O promotor assume que não sabe quantas pessoas optam pelo campismo, porque nem todos os que compram o passe para os três dias acampam, mas estima "que existirão cerca de 400 ou 500 tendas, que é o normal no Meco".

Temos tido uma onda de solidariedade de pessoas que não iam, mas sendo aqui em Lisboa, que é mais perto, não há filas na ponte e com o ar condicionado que há dentro da arena, até estão mais disponíveis para vir", conta.

A mudança para Lisboa foi decida em cima do joelho, mas Luís Montez já tem o plano delineado: "O palco principal é o palco da arena. O palco EDP é na sala Tejo que a partir da noite passa a Somersby, com os DJs. E lá fora teremos o palco LG SBSR e temos a zona de restauração. Estão a chegar agora ao recinto para montar. É a solução possível no curto espaço que temos."

O promotor do festival considera que as alterações não terão objeções por parte dos artistas. ""Os internacionais até preferem. Por cá tem havido um filme de terror com os aeroportos e estando perto não há filas na ponte. E Lisboa é muito bonita para eles estarem. Os artistas nacionais estavam com o coração apertado caso fosse cancelado, porque estamos há três anos à espera de os ouvir e ver e esta solução tem muito boas condições de camarins, de casas de banho, de ar condicionado. Desse ponto de vista, não foi mau", diz à TSF.

Para já, é preciso montar um festival "em tempo recorde": "Já estamos a montar os palcos e durante a noite vamos montar o som e a luz para que amanhã à tarde já se façam alguns ensaios e quinta-feira estar tudo pronto. É uma luta contra o tempo, mas temos muito bons profissionais, temos uma grande equipa."

Mas, com estes problemas, será o fim do Meco como localização do Super Bock Super Rock? ""Ainda é cedo para pensar nisso. Eu gosto muito do Meco. A Câmara Municipal de Sesimbra foi impecável connosco. Está desde março a trabalhar lado a lado. Fizemos ali um grande trabalho com bocas de incêndio, zona de estacionamento impecável para os carros não se enterrarem. Estava ali um trabalho de que me orgulho muito", responde Luís Montez e deixa o alerta de que é preciso "arranjar um sítio" que evite que "em 48 horas tenha que sair dali".

Ainda assim, assume que estiveram "até ao limite" para tomar a decisão, "porque às tantas nem no Meco, nem na Altice Arena". Luís Montez considera que "ninguém se atravessou" numa decisão definitiva.

"Ninguém queria ter a responsabilidade, porque toda a gente tem na memória o que aconteceu em Pedrógão. Nós também não quisemos arriscar pôr em perigo. Alguma coisa que acontecesse era o Super Bock Super Rock. Podíamos até ter sabido disto há mais tempo e não estávamos neste stress para montar isto. Mas é a vida, temos de seguir em frente", lamenta.

Sendo assim, a Altice Arena vai receber a 26.ª edição do Super Bock Super Rock entre quinta-feira e sábado, onde já tinha decorrido entre 2015 e 2018. A$ap Rocky, C. Tangana, Dababy e Foals são os cabeças de cartaz do festival.

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