Quentin Tarantino
Crónica de cinema

Festival de Cannes. Tarantino na Quinzena: como um trovão

Foi o acontecimento da Quinzena dos Cineastas. Tarantino com carte blanche para escolher um filme. Escolheu Rolling Thunder, argumento de Paul Schrader, revenge movie de John Flynn, de 1977. Sala da Croisette a transbordar para uma sessão com cópia velhinha em 35mm e o realizador americano a chegar ao palco com uma adrenalina de adolescente e a gritar para a plateia em pé a ovacionar que tem que se preparar uma sessão americana de grindhouse. Irónico se pensarmos que atrás, no ecrã, está um projetado o poster desta secção: o rosto jovem e gigante de Leonor Silveira em Vale Abrão. Pois bem, o cinema de Tarantino e o de Oliveira cruzam-se.

A meio da projeção, nas primeiras cenas de sangue, há aplausos e frases em bom inglês: "Oh Yeah", dizem os fãs de Tarantino, que segundo as boas línguas, exato as boas, vai incorporar algo deste filme série B em The Movie Critic, o seu derradeiro filme quase em pré-produção.

Na competição La Passion de Dodin Bouffant, do vietnamita Tran Anh Hung, foi a maior das surpresas. Uma lição de meditação perante a grande arte da tradição gourmet francesa numa história sobre um mestre gourmet e a relação com a sua cozinheira. Obra onde as interpretações de Juliette Binoche e do ex-companheiro Benoît Magimel saem do forno na perfeição. Seja como for, pouco provável entrar no palmarés que sábado é revelado à noite.

Mais Notícias

Outros Conteúdos GMG

Patrocinado

Apoio de