Histórico Vilar de Mouros reinventa-se para receber 20 mil festivaleiros por dia

Festival decorre entre esta quinta-feira e sábado.

Cinquenta e um anos após uma primeira edição internacional dedicada à música rock e pop, que levou cerca de 20 mil pessoas à pequena aldeia de Vilar de Mouros, Caminha, o festival fundado pelo médico António Barge, que ficou conhecido como "Woodstock português", regressa desta quinta-feira até sábado com a expectativa de voltar a bater aquele mesmo número de festivaleiros por dia.

A organização investiu na melhoria das condições dentro e fora do recinto, e, baseando-se na pré-venda de bilhetes, que superou a da última edição integral realizada em 2019, estima que nos três dias a afluência atinja a fasquia das 60 mil pessoas.

Para começar, o público poderá, esta quinta-feira, assistir no palco principal aos concertos de (por ordem de atuação) The Black Teddys, Battles, Gary Numan, Suede e Placebo. A seguir, a festa transfere-se (nas três noite do festival) ao som do DJ Izzy para o histórico palco do Casal (o original). Foi ali que nasceu o festival de "música para a juventude", organizado pelo médico da aldeia em 1971, com Elton John e Manfred Mann, em cartaz.

"A nossa expectativa é chegar às 60 mil pessoas nos três dias, aproximadamente 20 mil por dia. As pré-vendas estão superiores às de anos anteriores, portanto, acreditamos que podemos chegar a esses números", afirma Diogo Marques da organização, referindo que está tudo a postos para acolher o público com mais espaço e condições de conforto do que em edições anteriores.

"Estamos com um recinto maior, temos mais um hectare de campismo e fizemos toda uma revisão - que o Covid nos permitiu fazer - a nível de acessos e de dinâmicas de recinto. Aumentamos a zona de restauração. Este ano temos duas zonas e também temos muito mais lugares sentados para ser mais cómodo para o nosso público", adiantou.

Acampados

As portas do festival abrem esta quinta-feira às 17h00, mas os festivaleiros já começaram a chegar a Vilar de Mouros há alguns dias e a acampar nas margens do rio Coura.

José Cardoso, de Paredes, chegou de véspera com amigos para repetir a experiência. "É a terceira vez que vimos. É sempre bom regressar a Vilar de Mouros. É sempre uma boa experiência estar com os amigos, conviver e ouvir música. Este é o nosso retiro no verão, quando temos oportunidade de tirar umas férias", contou à TSF, indicando que os Limp Bizkit, que cancelaram o concerto, eram uma das bandas que esperava ver. "Tinha expectativa, mas também já ouvi dizer que Suede pode ser uma boa banda, vamos ver como vai ser", comentou.

Francisco Alves, de São Paio de Oleiros, Santa Maria da Feira, já está desde quarta-feira também em Vilar de Mouros. Chegou num grupo que há de crescer para três dias de pura diversão. "Somos seis para já, mas já tem aí mais malta e ainda virá mais", disse, adiantando que aquela é "malta" repetente de "há muitos anos".

"Este é o nosso festival. Vimos um dia antes para montar as coisas num sítio perto e tal, e depois é o costume...", riu, indicando que no cartaz deste ano lhe agrada "quase tudo", embora destaque Iggy Pop, Simple Minds e Bauhaus.

Até sábado, passam por Vilar de Mouros, 16 bandas. Após a jornada desta quinta-feira, no segundo dia atuam ao início da noite os caminhenses Non Talkers, seguem-se Tara Perdida, Clawfinger, Black Rebel Motorcycle Club e Simple Minds. E no último, The Mirandas, Blind Zero, The Legendary Tigerman, Bauhaus e Iggy Pop.

O festival proporciona serviço de transporte gratuito entre Vilar de Mouros e Caminha, de 40 em 40 minutos, entre as 14h00 e as 04h00. Para o regresso, após o fim do evento, mantém-se o serviço no domingo das 10h00 às 16h00 horas.

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