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Paraíso é uma ilha, ou pode ser apenas uma utopia, mas nesta ópera de Nuno da Rocha, um convite do Centro Cultural de Belém para marcar os 30 anos da casa. Kalis, é a ninfa que assume a direção de todas as ninfas à deriva pelo mar, para fugirem à guerra, aos fogo e no fundo aos caos do continente. Nuno da Rocha que compõe esta ópera, segue o libreto para criar este lugar que pode ser apenas um lugar, um lugar para se criar uma nova sociedade de partilha e convívio. Mas acabámos de sair do inferno, onde o barqueiro Caronte foi morto por Kalis, a ninfa.
Kalis, que lidera estas ninfas no paraíso, é ao mesmo tempo forte mas também e por vezes frágil, ou como reconhece o compositor Nuno da Rocha, no fundo, ela é humana, como nós, este paraíso pode ser afinal só uma imagem, ou um paraíso em cima de tantos infernos.
Toda esta ópera, Paraíso, tem dança, com o coreografo Marcos Morau, que vai do simples movimento, até à dança ritual desse rito de passagem que é a chegada de novas pessoas com aquilo a que chamam o coro dos vivos.
Este é o lugar que pode afinal ser um paraíso, ou a ideia que o Paraíso possa ser, mas sempre com este lado humano, de tentar seguir em frente, em direção a um sitio, dos sonhos e de todos os mundo possíveis, perseguindo essa utopia.
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Composição musical - Nuno da Rocha
Direção artística e coreografia - Marcos Morau
Maestro - Pedro Neves
Libreto - Clément Bondu
Soprano - Eduarda Melo
Pianista de ensaio - André Hencleeday
Cenografia e desenho de luz - Marc Salicrú
Músicos - Nuno da Rocha, André Hencleeday, Paulo Bernardino, João Silva, Raquel Reis, Marco Fernandes
Bailarinos - Lorena Nogal, Shay Partush, Ester Gonçalves, Emanuel Santos, Margarida Belo Costa.
Paraíso de Nuno da Rocha, ópera e dança, no Centro Cultural de Belém a comemorar os 30 anos, estreia absoluta, no grande auditório às 20h00.