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A atriz Rita Blanco destaca o reconhecimento do cinema português em competições internacionais. O filme "Mal Viver", de João Canijo, venceu este sábado o Urso de Prata para prémio do júri do 73.º Festival de Cinema de Berlim e Rita Blanco faz parte do elenco que conta sobretudo com mulheres. Em declarações à TSF, conta que recebeu a notícia do prémio "com uma enorme alegria".
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"Este é um festival importantíssimo" e João Canijo esteve na competição com duas longas-metragens - "Mal Viver" esteve na competição oficial e "Viver Mal" na secção Encontros - destaca a atriz. "Isto é uma coisa inédita, nunca aconteceu em nenhum realizador."
Rita Blanco destaca que nunca um realizador teve dois filmes em competição em Berlim
Rita Blanco contra que trabalha com João Canijo desde os 18 anos e considera que o realizador "merece imenso este prémio", tal como é "bom para a cultura portuguesa e é bom para o cinema português".
"Quando alguém ganha no cinema português, o cinema todo em Portugal e arte em Portugal também ganha", nota.
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Prémio "é bom para todos, para a cultura e para o cinema português", assinala Rita Blanco
A atriz espera ainda que a distinção "abra portas" ao realizador para "poder continuar a filmar sem qualquer espécie de constrangimento" e trabalhar com coproduções essenciais para o financiamento da produção audiovisual. "É um balão oxigénio fundamental".
"Mal Viver" "é a história de uma família de várias mulheres de diferentes gerações, que arrastam uma vida dilacerada pelo ressentimento e o rancor, que a chegada inesperada de uma neta vem abalar, no tempo de um fim de semana", lê-se na sinopse. "Viver Mal" segue em paralelo àquela história, focando-se nos hóspedes que passam pelo hotel.
"Fala de uma família, das relações entre as mães e as filhas, da dificuldade de ser mãe, da dificuldade de ser filha", conta Rita Blanco. "É um filme duro, não é uma brincadeira."
Além de Rita Blanco, o elenco conta com Anabela Moreira, Madalena Almeida, Cleia Almeida, Vera Barreto, Filipa Areosa, Leonor Silveira, Lia Carvalho, Beatriz Batarda, Leonor Vasconcelos e Carolina Amaral, às quais se juntam Nuno Lopes e Rafael Morais.
A produtora Midas Filmes descreve os filmes como "um dos mais ambiciosos empreendimentos artísticos dos anos mais recentes" no percurso de João Canijo. Ambos se estreiam nos cinemas portugueses a 11 de maio.