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Na sala de ensaios, Vasco Ramalho toca marimba, Vasco Dantas, piano, e Isabel Vaz, violoncelo. Ensaiam uma obra contemporânea para o festival Dias de Percussão.
"Queremos ser o mais heterogéneos, tanto nos estilos de música como nas combinações, possível, sempre com a percussão como fio condutor", explica Vasco Ramalho. O percussionista e diretor artístico do festival salienta que, para além dos concertos agendados para o Tempo, o Teatro Municipal de Portimão, durante os três dias, haverá oficinas e masterclasses sobre instrumentos de percussão.
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Desde a música tradicional à contemporânea, passando pela clássica e jazz. Um dos momentos altos será a peça tocada no sábado pelo pianista Vasco Dantas e pela violoncelista Isabel Vaz.
"Foi-me feito o desafio para escolher uma peça que fosse percussiva", conta a violoncelista. Escolheu uma peça de um compositor turco, Fazil Say, que se chama quatro cidades e percorre diferentes ambientes de quatro cidades turcas. Sendo também um instrumento de percussão, o piano assume nesta peça sonoridades diferentes daquelas a que o público está habituado. "Durante a performance, é necessário tocar por dentro do instrumento, para além das teclas", desvenda o pianista Vasco Dantas. "De certeza que vai surpreender o público", garante.
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© Maria Augusta Casaca/TSF
O Festival Dias de Percussão pretende sair das quatro paredes e desfilar pelas ruas através dos ritmos dos Bomboémia, grupo de percussão da Universidade do Minho.
E, como este Festival se realiza em Portimão, uma terra de mar e um porto de descarga de sardinha, o percussionista Vasco Ramalho pensou em algo diferente. "Pedi ao compositor Tiago Cutileiro para escrever uma obra para marimba e sardinhofone", diz a rir. Explica que o "sardinhofone" é um instrumento inventado, feito com latas de sardinha. Porque, afinal, qualquer objeto serve para construir um instrumento de percussão e fazer ritmos que podem puxar a um pé de dança.