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Até ao dia 18 de setembro Lisboa vai sair à rua. Será um mês inteiro de espetáculos ao ar livre, de áreas muito diversas e para todas as idades. Música, dança, magia, cinema, teatro e literatura vão espalhar-se por esse grande palco que é a rua.
"No total são 14 eventos em 25 locais da cidade, cumprindo o princípio da descentralização. Temos um total de 185 apresentações, algumas em palco e outras mesmo na rua em si. De 23 a 28 de agosto, todos os dias teremos várias iniciativas em diversos locais da cidade de Lisboa", explicou à TSF Diogo Moura, vereador da Cultura da Câmara Municipal de Lisboa.
A abertura desta edição do Lisboa na Rua é esta sexta-feira à noite, no Castelo de São Jorge, com um concerto diferente do habitual.
"Por um lado temos um concerto que vai ter versões em português de êxitos dos Beatles e do David Bowie - um tributo -, vamos ter versões inéditas de clássicos da pop que vão ser adaptados por uma poetisa, a Filipa Leal, e também pelo Rui Reininho, músico, e pelo Ricardo Marques, poeta e tradutor. Tem esta parte inédita. Espero que os lisboetas e não só possam aderir porque vai ser um evento muito diferente daquilo que costuma ser um mero espetáculo, com o reportório de um artista", revelou o vereador.
Este ano o Lisboa na Rua vai celebrar 200 anos da independência do Brasil com um concerto da Filarmónica de Minas Gerais e a Orquestra Gulbenkian regressa ao Vale do Silêncio. Entre as novas áreas desta iniciativa está a poesia.
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"Dia 16 vamos ter a voz e a alma da Maria João Luís e com o Hélder Moutinho no Museu de Lisboa, Palácio Pimenta. Vamos ter uma fusão entre a voz do Hélder Moutinho e as palavras de Maria João Luís, que nos vão trazer os poemas de João Monge. Depois temos também a Lisbon Poetry Orchestra no Castelo de São Jorge a 17 de setembro, que nos vai apresentar o seu disco, 'Os Surrealistas', que é um disco, um livro e também um espetáculo e uma viagem pela obra de muitos poetas", conta o responsável.
Ouça as declarações de Diogo Moura à TSF
Após dois anos de restrições por causa da pandemia, este ano o Lisboa na Rua volta a ser totalmente presencial e não é só o público que sente falta do contacto com os artistas.
"Felizmente podemos voltar a respirar, a estar com a cidade. Temos uma grande diversidade de expressões culturais, multiculturalidade e uma grande vontade. Os artistas estão desejosos de voltar a ter contacto com o público", acrescentou Diogo Moura.
Vinte e cinco locais de Lisboa recebem, até ao dia 18 de setembro, dezenas de espetáculos. Em todos eles não há limite de idade e a entrada é gratuita.