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O Governo vai contratar 74 vigilantes e 40 conservadores para o Património Cultural, mas Catarina Simão, responsável pela área da cultura no Sindicato de Trabalhadores de Funções Públicas e Sociais do Sul e Autónomas, considera que o reforço nos museus, monumentos e palácios é claramente insuficiente.
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"Setenta e quatro vagas, a nível nacional, para o estado em que estão os serviços dependentes da DGPC é muito curto. Temos museus com dois trabalhadores do quadro e o resto é vigilância privada e empresas de trabalho temporário que estão a fazer o preenchimento dos postos de trabalho. Neste momento precisávamos de cerca de 200 vagas para termos a recuperação de tudo o que tivemos há umas décadas, com os museus como deve ser", explicou à TSF Catarina Simão.
A carreira de vigilante foi extinta em 2008 e o sindicato exige que seja criada novamente.

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"É uma função específica dentro da área da museologia, não pode ser preenchida por uma carreira geral. Sendo esta a opção do Governo - e tem sido a opção dos vários governos que o antecederam -, o assistente operacional tem funções genéricas, não tem funções de caráter específico. Funções e formação, portanto não pode estar a exercer funções de acompanhamento de visitantes de museus e ser responsável pela guarda e vigilância por salas em museus sem função específica. É disto possivelmente que se vai tratar porque neste momento está aberto na bolsa de emprego público um concurso, por mobilidade interna, para assistentes operacionais", acrescentou responsável pela área da cultura no Sindicato Trabalhadores Funções Públicas Sociais do Sul e Autónomas.
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Ouça as declarações de Catarina Simão à TSF
Numa audição parlamentar, sobre o Orçamento do Estado para 2023, Pedro Adão e Silva revelou que serão abertos dois concursos para a contratação de trabalhadores afetos ao Património, nomeadamente 74 vigilantes e 40 restauradores conservadores.
Segundo o ministro da Cultura, vinte conservadores irão trabalhar para o Laboratório José de Figueiredo, dois ficarão afetos ao Museu Nacional de Arte Antiga (Lisboa), outros dois irão para o Museu Nacional de Soares dos Reis (Porto), dois para Conímbriga e um para o Museu Machado de Castro (Coimbra).
O ministro da Cultura reconheceu que "os problemas estruturais [no setor do Património] não se resolvem com remendos de curto prazo" e que estes problemas "se arrastam há décadas".