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Depois do PRR, outros instrumentos comunitários estão a ser "cozinhados" em Bruxelas para ajudar os 27 na aceleração da transição energética, num momento de particular necessidade face aos impactos dos preços da energia agravados com a guerra da Rússia na Ucrânia e se Portugal está ou não a cumprir metas de descarbonização definidas por Bruxelas, é a oportunidade de descobrir em mais uma edição da Portugal Mobi Summit, a cimeira da mobilidade, esta quarta e quinta-feira na Nova SBE, em Carcavelos e sexta-feira, no Hub Criativo do Beato.
O governo quer concretizar em 2023 o maior leilão de energia eólica flutuante e no pacote de projetos de fontes renováveis, tem mais de 70 na área de hidrogénio, depois da forte aposta no solar este ano, considerando que são etapas do processo de transição energética e ação climática que cumprem as metas de Bruxelas. Este desígnio leva neste primeiro dia, o ministro do ambiente, Duarte Cordeiro, ao arranque dos três das de trabalho, bem como, Paula Pinho, Diretora para a Transição, Eficiência Energética e Inovação na Comissão Europeia.
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Se a palavra incerteza marca a nova ordem mundial também representa a oportunidade de acelerar a transição energética crucial no caminho para a mobilidade sustentável e a Europa não quer perder esse comboio.
Apesar das diferenças, os 27 estados membros embarcam agora numa nova etapa - o "Fit for Fifty five" - o novo pacote de instrumentos que depois do PRR e dos 30% que cada país deve tirar do fundo do orçamento plurianual europeu até 2027 para ações climáticas e que pode acelerar a autossuficiência.
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Portugal não está imune ao choque dos preços energéticos, mas está mais protegido. A ideia tem sido repetida pelo governo e levou Duarte cordeiro, ministro do ambiente no ultimo debate do estado da nação no parlamento a falar nos investimentos que estão em curso na área das renováveis, incluindo mais de 70 projetos sinalizados na área do hidrogénio e a promessa de que em 2023 arrancam os leilões para o projeto de produção de energia eólica em plataformas marítimas flutuantes.
Atualmente Portugal está entre os cinco estados europeus com a maior percentagem de elétricos nos novos veículos vendidos, valendo já 10% deste mercado e a nível de rede de carregamento, este ano Portugal já se encontra acima da média da UE, com mais de 5500 pontos de carregamento da rede Mobi.e com a expectativa de chegar aos 15 mil até 2025
A Estratégia para a Mobilidade Ativa Pedonal foi aprovada há uma semana em conselho de ministros que também aprovou a criação de um grupo de trabalho para acompanhar a estratégia para o modo ciclável e desenvolver linhas de ação e medidas para concretizar o desígnio de que até 2030 a quota modal das deslocações a pé atinja 35%
Resta saber se, por estes dias, vamos conhecer novas medidas que permitam ao país a tal redução de 55% de emissões de carbono em 2030 para alcançar a neutralidade em 2050.
Para já, a cimeira da mobilidade acontece este ano a 28 e 29 no auditório da Escola de Negócios da Universidade Nova em Carcavelos e dia 30 no Hub Criativo do Beato e em citada mesa tem debates sobre um setor visto como motor do desenvolvimento sustentável, sobre smart cities, transição energética e digital, inovação, ou políticas públicas de transporte e planeamento urbano, com um vasto painel de oradores e convidados nacionais e internacionais e onde não vão faltar apresentações de inúmeros projetos de mobilidade a diferentes níveis, incluindo a investigação inovadora em baterias oceânicas, que está a ser desenvolvida na faculdade de engenharia da Universidade do Porto.